'Surpresa muito grande', diz filho de Sacaca após anúncio do enredo da Mangueira para o carnaval 2026

  • 17/05/2025
(Foto: Reprodução)
Escola de samba anunciou à família que o Amapá seria representado por meio da história de Sacaca, que era conhecido como 'doutor da floresta'. Sacaca e seus filhos, em Macapá Divulgação/Raimundo Costa O Amapá vai ser representando no carnaval de 2026 do Rio de Janeiro pela história de Raimundo dos Santos Souza, o 'Mestre Sacaca'. A Estação Primeira de Mangueira anunciou o enredo nesta sexta-feira (16). A família do curandeiro, conhecido como 'doutor da floresta', disse que foi pega de surpresa com a homenagem. A escola de samba carioca apresentou o novo enredo: “Mestre Sacaca do encanto Tucuju – o Guardião da Amazônia Negra”. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 AP no WhatsApp Ao g1, José Raimundo da Silva Costa, filho de Sacaca de 67 anos e conhecido como 'Dô Sacaca', disse que não esperava pela homenagem e não suspeitou que aconteceria. Raimundo e a família receberam a notícia através de uma ligação de vídeo de um representante da Mangueira. "O povo carnavalesco da Mangueira veio aqui, mas a gente conversou com eles durante um bom tempo sem saber o que, na verdade, seria. Eles estavam informando que era algo sobre a COP30. Então, atendi muito bem e depois fiquei sabendo que era o pessoal da Mangueira que estava aqui para fazer essa ponte para levar o nome do estado para apresentar para o mundo, na escola de samba que na minha opinião é a maior de todas", disse Dô Sacaca. Sacaca e a família Divulgação/Raimundo Costa Mestre Sacaca vai ser enredo da Mangueira no carnaval de 2026 O filho de Sacaca contou ainda que a família estava reunida no momento em que receberam a notícia. A reação foi de felicidade e gratidão, por ter a história da família contada em grande escala. "Estava reunido com a minha irmã, com meu filho e minha mãe. Foi uma surpresa muito grande [...] isso é muito bom para a família e para o estado. É muito importante porque a partir disso a história vai passar a ter um novo olhar. É o mundo todo que fica de olho no carnaval do Rio de Janeiro, então o mundo todo vai ter conhecimento dessa história", contou. Raimundo Costa, filho de sacaca conhecido como 'Dô Sacaca' Divulgação/Raimundo Costa Em memória de Sacaca Raimundo dos Santos Souza, conhecido como 'Mestre Sacaca' completaria 100 anos em 2026. O filho, também Raimundo, contou que o pai faleceu há cerca de 30 anos, e que a visibilidade da história mantém a importância de manter a memória de Sacaca viva nas próximas gerações. "É muito importante para as novas gerações conhecerem quem é essa pessoa que tanto se fala e que muitos jovens não tiveram oportunidade de conhecer. Portanto, eles não têm muito conhecimento. A partir disso aí, a história dele vai ficar. Os jovens vão passar a conhecer melhor quem era o Sacaca", disse. Sacaca morreu em 1999 aos 73 anos e hoje dá nome ao Museu Sacaca, no Centro de Macapá. Local repleto de histórias ribeirinhas e indígenas, diferentes plantas e remédios criados com o conhecimento de Sacaca. Parte da exposição 'Céu Aberto' no Museu Sacaca GEA/Divulgação Temática inédita na Mangueira A escola contou que busca por diferentes histórias brasileiras, e desta vez conta a de Sacaca, um grande representante da Amazônia como um todo. A Mangueira destacou os conhecimentos no tratamento de doenças e do cuidado comunitário por meio de garrafadas, chás, unguentos e simpatias. “Ele dedicou a vida à defesa da floresta e das tradições, práticas e culturas afro-indígenas. Por essa razão, a Mangueira, contadora de diferentes histórias brasileiras, celebra essa figura que é uma das caras do nosso país diverso e de dimensões continentais”, disse a escola de samba. Sacaca era conhecido como doutor da floresta Divulgação/Raimundo Costa O tema é inédito da historiografia da Mangueira, que pela primeira vez vai se aprofundar em uma história afro-indígena do extremo Norte do país. “Estamos falando de algo inédito na historiografia da Mangueira: tratar de costumes afro-indígenas. Mesmo no Brasil, muitas vezes ainda predomina uma visão monolítica sobre a Amazônia, com muitas narrativas e personagens ainda inexplorados ou sem ter a devida atenção”, descreveu Sidnei França, carnavalesco da Mangueira. Após a morte, Sacaca recebeu a mais alta condecoração da Divine Académie Française des Arts Lettres et Culture. A homenagem póstuma foi concedida em 2018 à família em uma cerimônia no Rio de Janeiro. Sobre a escola Mangueira em 2025 reprodução JN A Mangueira é marcada pela ancestralidade, com batuques, cantos, com uma mistura que representa a essência do brasileiro, com nações africanas, indígenas, brancos: afro-brasileiras, além de ter uma imersão na Candomblé e na Umbanda. Considerada segunda maior campeã do carnaval no Rio de Janeiro, Mangueira coleciona 20 títulos. A escola fica atrás somente do Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela que possui 22 títulos. Em 2025, Mangueira levou para a avenida, o enredo 'À Flor da Terra – No Rio da Negritude entre Dores e Paixões', contando sobre a herança dos povos 'Bantus', e a influência da cultura e vivência dos cariocas. Ao final dos desfiles no ano passado, a escola terminou em 6º lugar, última posição do grupo especial, com 269,4 pontos. LEIA MAIS: Mestre Sacaca vai ser enredo da Mangueira no carnaval de 2026 🔔 Tem uma sugestão de pauta? 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FONTE: https://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2025/05/17/surpresa-muito-grande-diz-filho-de-sacaca-apos-anuncio-do-enredo-da-mangueira-para-o-carnaval-2026.ghtml


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